Índia - Meu Diário de Bordo
Sobre tudo, sobre nada, sobretaxas e sobre eu, as vacas e a Índia!
Viajando sozinho eu criei o agridoce hábito de escrever um diário de bordo. Se eu não tenho com quem dividir as coisas, eu divido com ele. É ele que eu xingo e que me entende, que guarda meus planos e experiências.
Fuçando pelas pastas do computador, eu encontrei o diário de bordo da minha viagem à Índia, depois de mais de 3 anos! É uma delícia reviver estas experiências, então que tal escrever o seu numa próxima viagem??? Fique à vontade para compartilhar aqui também!
Salvo situações desnecessárias, comentários impublicáveis e nomes, todos devidamente omitidos, este é o Diário da forma como ele se construiu ao longo dos dias, original e cagado.

“Olá querido e profano diário de bordo. Reativando o alias @gui_por_ai destemido e curioso, nós partimos hoje em direção à Índia!
Desta vez você já nasce eletrônico... por falta de papel mesmo, porque eu prefiro à caneta, o peso contra o papel, os borrões e as colas são mais fiéis aos ânimos e emoções do dia, mas vamos ser modernos! Deita-se a pena.
Prólogo
Eu não me preparei para a viagem. Acordei ontem, lembrei que tinha passagens para a Índia. Parece um tanto desleixado para alguém que sempre quis conhecer o berço de tantas filosofias fantásticas e de contrastes gigantes dentro de uma mesma fronteira (nem tão bem demarcada assim). Mas também não posso me culpar, nem devo. Deixar a viagem de lado foi 40% culpa do meu lado workaholic e 60% “não quero pensar nisso agora porque meu estômago dói”... ansiedade tomando conta como de costume. Fui descobrir que precisava de visto só há uma semana e ele saiu por milagre a tempo! Hare Baba!
De alguma maneira, viajar para a Índia parecia muito mais épico 2 anos atrás, quando gastar solas de havaianas pela Ásia era tudo o que eu queria fazer por anos. Hoje, depois de viver em uma mochila por tanto tempo e ter conseguido um emprego que me promoveu duas vezes, tudo me faz sentir... um pouco mais velho e cagão que de costume. Vida de escritório talvez, aquela segurança na falsa calmaria por detrás de uma mesa.
Pondo os medos e receios – que até creio serem relativamente úteis – um pouco de lado, cá estou reacendendo o mochileiro interior que ficou gordito dormindo numa rede interna, aquela pendurada bem na boca do meu estômago. Está difícil de acordá-lo às 4 da manhã... inner-self, outer-self, qualquer-self... sábio Godard: “everything’s wrong till 10 o’clock!”
Dia 01: Fez-se a mala!
07:59 29/11/2012
Dia 01 começou cedo... porque não terminou ontem ainda (#ranzinza-self mode on). Sinusite batendo tambores, ainda há Lua lá fora e algum tempo até o embarque. Assim você nasceu pequeno diário de bordo!
Consegui pegar um nightbus às 5hs com o passe de ontem (good!) e só paguei a viagem de metrô (mão-de-vaca-oh-yes!). Little Blackbird (minha mochila) despachada – espero que chegue bem, senão não tenho cuecas e eu estou vestindo a combinação mais absurda de botas, calça vermelha e blusa roxa com um paletó preto por cima... Na verdade, tudo que não coube na mochila eu estou vestindo... inclusive o paletó para o casamento daqui a 6 dias.
Criatividade está mordaz a esta hora, mas aparentemente em 15 minutos eu já embarco de Etihad (aeromoças com lencinhos lalalalalalalááááá) para Abu Dhabi, nos Emirados.
Will be back soon... keep on and keep up!
(…)
zzzzzzzzzzzz
09:25 Partindo com 15 minutos de atraso… mas, tudo bem porque você vai olhar para o lado e ver um ser sorridente... pááá-na-cara by realidade... a classe econômica lotada com destino à Índia é barulhenta ainda de manhã, um inferno com cheirinho de curry. Falei que eu tava de mau humor? Mentira... não tem curry... ainda. Vai ter. Muito!
Deu para trocar uma ideia com uma indiana simpática que vai para 3 casamentos em uma semana – descobri que é temporada de casamentos na Índia, quem diria. Ela falou de uns lugares para visitar se eu puder, e depois dormiu por horas. Viajar com sinusite é como se sua cara fosse descolar e você fosse explodir na pressão. Meu humor melhora com lanchinho hehe
A cia é ótima, não pararam de me dar comida e todas boas! O almoço tinha antepasto, entrada, prato principal, sobremesa e ainda teve snacks depois... já ganharam meu amor!!! #gordinhofeliz
21:50 Escala, o aeroporto de Abu Dhabi parece um shopping. Tudo ao redor da pista é areia... muita areia. Como se tivessem criado um mega shopping no meio do deserto. Bem provável aliás. Check-in atrasou, acabaram de chamar. Partiu Índia!
Dia 1.2 ou Dia 2* ou Quase-dia-2 – Fez-se a treva!
O segundo dia começou sem terminar o primeiro... porque basicamente ele continuou o processo de desmantelamento do inner-outer-all(by my)self.
Mini-flashback, por favor...
03:15 freaking AM – a pessoa (eu) chegou no aeroporto em Nova Delhi e ganhou uma estampa bonita sem o oficial falar uma palavra. Vários transfers esperando a carne fresca e ta-dahhh... cri cri cri ninguém me esperando. Fui abandonado em campo inimigo sob fogo cruzado, aka o pessoal chegou num vôo anterior e decidiu seguir para o hotel... mas qual hotel?
Conheci um senhor hippie. Literalmente membro da 'Rainbow Family' segundo ele mesmo. Já tinha ido ao Brasil e rodado o mundo em comunidades alternativas e estava pela quarta vez na Índia e dividimos o taxi... porque eu não consegui sacar nada no aeroporto, só consegui trocar as míseras 10 libras que eu tinha no bolso por rúpias. Eis que o taxi não achou o hotel, por que, por quê??? Porque eu não sabia o nome do hotel... mah-oeee!!! Sim, segura essa! A mensagem da minha amiga chegou pela metade, só com o número e endereço, mas sem nome. E os hotéis só tinham nome... não números.
Mini-flashback acelerado...
Desço do táxi que cansou de esperar comigo dentro e me mandou sair (yep!), pego minhas trouxas e saio buscando em todas as portas o maldito número que ninguém conhecia. Os touts, notívagos que oferecem qualquer coisa: hotel, tuk-tuk, diversão, urubuzavam a cada 2 metros e brigavam entre si como carniceiros discutindo para onde EU iria. Tensinho. Depois de mais de uma hora andando, achei que seria melhor ficar num hotel qualquer pela noite e escrever para o grupo para encontrá-los de manhã.
Pááá-quatro-mãos-de-Shiva na cara!!! Nenhum cartão meu passava, a maioria dos hotéis não tinha máquina de cartão, nem números na calçada porque não tem nem calçada, e eu não tinha dinheiro e... Vrááá, APAGÃO!!!
Eu, puro, ingênuo, flores colhidas no bosque e lalalá, no meio da rua. Quatro e tanto da manhã, um breu. Cercado por touts que não paravam de tentar me levar para algum lugar, uma bagunça urbana contemporânea sem luz, sem dinheiro, sem celular (acabaram os créditos e a bateria tá em menos de 10%), sem internet (nenhum dos touts sabe onde tem internet) e sem poder pagar um pernoite qualquer... LASCADO! Que mochilada mais cagada. #dignidade_cadê_cerumano???
Shiva shhhh-páááá de volta, destruindo e renovando (tô inalando muita fumaça de tuk-tuk) e ta-dahhh chega o resto da mensagem! Mais de 2h depois, com o nome do hotel! Sério...
Noite salva! Céu, purgatório e inferno antes de nascer de novo... e bem cedo... 2h depois na verdade, para curtir o... o que?... Dia 2!!! Sim, era para ele só começar agora depois de uma noite bem dormida... mas né.
Dia 2 – Um Musu a nos inspirar!
O pessoal parece meio hesitante e um pouco perdido de maneira geral. A gente viu muita coisa para fazer, mas não tem idéia de como fazê-las e ninguém é muito pró algo roots – se bem que eu também não estou com ânimo para algo assim agora depois da madrugada de sucesso (ironia, gente). No balcão de turismo do hotel eis que conhecemos o Musu (aparentemente o nome dele é mais impronunciável que isso), que nos ofereceu todos os dias de viagem com city-tours e motorista à disposição por £60! (OMGanesha!) Pelo conforto e por não precisarmos nos preocupar, acabamos fechando com ele. Sinceramente, foi a melhor coisa que a gente poderia ter feito!
Viajar em grupo exige mais paciência, auto-estima (muita) e diplomacia do que sair perambulando sozinho. Eu não fiz o que eu mais gosto de fazer que é andar pelas cidades sem rumo, mas como a gente tem pouco tempo e aproveitando a lotação do carro, esta maneira saiu barata e confortável, então os prós pesaram bem mais. E bem mais mesmo! Principalmente, quanto a gente viu onde as estações ficavam e o quanto tempo demoraríamos para ver tudo o que vimos sem o nosso parceiro local. Provavelmente, não teríamos visto nem metade.
Musu nos levou para conhecer algumas ruínas pelo centro, templos, mercados de tecidos e especiarias, o Red Fort de Delhi e o belíssimo Bahá’i Lotus Temple, além de uma voltinha noturna rápida pelo India Gate. Meu nariz sangrou várias vezes, o ar parece meio pesado e dói para respirar em alguns lugares. Pelo menos o pessoal é legal, hoje deu para conhecer todo mundo – ah sim, pois é eu só conhecia uma pessoa no grupo todo.

Dia 3 – 10h de estrada e uma pomba a me cagar!
No dia seguinte, mudando o programa, seguimos para Agra... para que, para quê???
“Do amor do príncipe Shah-Jaham pela princesa Mumtaz Mahal... tê tê tê teteretê”
Sorry. Para ver o Taj Mahal!!!
O que seriam 2h de trem foram 5h de carro, com um trânsito jamais visto. Tudo cruzando nosso caminho: vacas, tuk-tuks, caminhões, pessoas, pessoas tomando banho, ônibus tomando banho, carros na contra-mão, vários tata trucks, muita buzina... Neste dia fomos salvos pelo novo motorista Raj, que seguirá conosco até Jaipur.
#Raj-quotes: “To be a good driver in India you need good brakes, good horn and good luck!”
Ele está certo.
Ninguém dá seta, é tudo na buzina, costurando o trânsito insano de tudo, sem faixas, sem acostamento, com a fumaça subindo e queimando a garganta. Cruzamos o estado de Haryana e chegamos a... cidade assusta pelo tamanho e pela sujeira, nada perto das fotos.
Chegar na entrada do palácio é partir rumo ao “no thanks” em frente às ofertas mais variadas, mas pelo menos pagar o ticket (5x mais caro que o preço local) desta vez valeu alguma coisa: não há filas para estrangeiros.
Ta-dahh... eu tive de voltar até a entrada sozinho tudo de novo, porque não me deixaram seguir com o mini-tripé da Lindo!... e uma pomba abençoada pelos deuses decide cagar todo aquele curry em mim. Bem na porta do palácio, no meio daquele calor colante... tudo incrivelmente pitoresco. Você achou que Shiva tinha brincado só no primeiro dia? Quem dera...
De qualquer ângulo, o Taj Mahal é lindo e imponente... e cheio de gente. Por dentro ele não é tão impactante, apesar dos detalhes no mármore lindamente trabalhados, mas mesmo assim ele ainda é fantástico. De lá seguimos para o Agra Fort (outro vermelho) que é bem bonito e tem vistas do Taj Mahal à distância. O rio também não parece com qualquer foto que você já viu...
Comemos no melhor restaurante local até agora e eu já me arrisquei no fish curry, picante, mas bem bom, além de uma sobremesa que não parecia nada com a descrição, nem sei dizer do que era feito, mas muito boa também. Happy, happy!
Hora de voltar para o hotel (inicialmente, eu escrevi casa sem pensar...). A viagem matou e a gente segue amanhã já às 6am para Pushkar.
21h – Nota: compra mais cara no mercadinho da esquina: 340 rupias por biscoito, suco e água.
Dia 4 – Camelando em Pushkar!
Eu juro que não escrevi neste dia, então tive de lembrar de tudo depois. A gente andou tanto de carro que cansamos e a cabeça começou a dar umas falhadas de cansaço. Do caminho, eu me lembro de marigolds, vários lugares decorados com tecidos para a temporada de casamentos, do evento do álcool gel e a caixinha de suco (hahaha – omitido) e do Raj provando que salgadinhos são inflamáveis, dentro do carro!
Nós chegamos no fim da tarde à cidade sagrada de Pushkar, em pleno deserto do Rajastão, conhecida como cidade azul por causa das cores das casas. O hotel era incrível e parecia que só tinha a gente! Cenário de filme, o primeiro com piscina e... incrivelmente, estava frio para nadar... #Shivando
Para aproveitar o dia na cidade que tinha sido sede de um grande mercado regional de camelos há poucos dias, fomos dar uma volta pelo deserto e ver o pôr-do-sol. Eu fui com o Romeu, meu camelo nada amistoso mas super fotogênico, num caminho que me fez pensar em partes do corpo para doer que eu nem lembrava que existiam. Tudo lindo e dolorido. Seguimos de noite para a feirinha de rua, com peças de seda a preço de banana, artes e cores. Muito interessante. A maior atração local era o templo em homenagem a Brahma, mas só chegamos até a porta.
Dia 5 – Rajastão
Na manhã seguinte, a primeira com um café da manhã fantástico (perto da banana picante dos outros dias), eu e meu amigo tivemos a brilhante idéia de acordar mais cedo ainda para subir o monte Ratnagiri e ver o sol nascer do topo. A idéia em si era brilhante mesmo, a execução é que foi um pouco penosa capengando montanha acima em seus mais de 100 degraus irregulares, com este físico de pesquisador do Google. A vista lá de cima compensa, além do acesso ao templo de Sivitri. Coitado do Raj foi junto na parceria. De volta ao centro, visitamos o belo templo sikh Gurdwara Singh Sabha, onde se pode entrar descalço e com um lenço sobre a cabeça, e o lago Pushkar.
Era hora de iniciarmos a longa jornada em direção à Jaipur, que contou com histórias sobre a família do Raj e com uma parada para provar o McDonalds na Índia - uma mistura peculiar de BigMac de franguinho vermelho com opções de veggie burgers bem interessantes. Muito chão!

Jaipur tem uma infinidade de coisas para fazer e para tal.. adivinha?! Você tem que pagar! haha A gente comprou um ticket combo que sai mais em conta e inclui vários lugares. É a melhor opção.
A primeira parada é obrigatória: o City Palace. Ele é composto por diversos prédios e jardins que se interconectam. Alguns foram transformados em museus e certos cômodos mantidos abertos para visitação. Vale a pena prestar atenção aos detalhes da decoração, aos pórticos super rebuscados e aos gangajelies – dois vasos gigantes de prata que fazem parte da história do palácio e estão no livro dos records.
Dentre as muitas coisas para fazer, passamos pelo Hawa Mahal - conhecido pelas dezenas de janelinhas pelas quais as concubinas do Maharaja acompanhavam as movimentações da rua sem serem observadas, e depois pelo Jantar Mantar - o observatório astronômico de Jaipur, e o Galta Ji - também conhecido como templo dos macacos... quer dizer...
Pois é, decidimos conhecê-lo e chegando lá o Raj já cantou a bola para escapar dos touts que tentam te “guiar” até o templo em troca de uma gorjeta. Chegar no templo é super simples, tão simples que a gente conseguiu errar feio o caminho e fomos parar em outro templo morro acima hahaha, o Surya Mandir, templo do sol. Apesar da vista espetacular, o caminho é bem fedido e sujo – nível hard – cheio de macacos tarados, cocô e degraus. Por algum motivo a gente virou à direita ao invés de seguir direto e acabamos não conhecendo o Galta Ji, mas ele é um dos mais visitados. E as fotos são bem legais... cocô!
De noite fomos para uma loja de tecidos porque as gurias estavam interessadas em comprar algo para o casamento. Há várias destas lojas, mas a quantidade de tecido para se fazer um sari é impressionante!
Dia 6 – RAJaipur!
O Raj fez jus ao nome – comum aqui no Rajastão – sendo nosso motorista, guia, concierge e parceiro, dando as melhores dicas de como escapar dos touts e de vendedores insistentes. Sempre com um sorrateiro “não digam que foi seu motorista quem falou isso” no final hahaha
O inglês dele melhorou ou a gente chegou num meio termo e já rolam até piadas!
8h – Café da manhã atrasado mas bem bom. Consegui imprimir meu E-ticket finalmente, porque li que não deixam entrar sem ele impresso no aeroporto. Sim, nada de tchauzinho no vidro, só entra quem vai viajar. O motorista ainda tem só 6 minutinhos para deixar a pessoa e sair sem pagar. Uh!
9:30hs – Antes de voar para Mumbai, mais Jaipur! Chegamos ao Amber Fort. A vista de fora já é incrível, um forte todo em pedras avermelhadas construído sobre colinas numa cidade toda cercada por uma muralha. Seguimos o caminho cheio de touts e dos lindos elefantes pintados espalhafatosamente, alguns carregando turistas-de-cara-rosa até a entrada - também inclusa naquele ticket combo do dia anterior, yay!
Lindo! Tudo lindo, super bem conservado, cheio de turistas mas de alguma maneira não víamos muitos deles. É tudo tão grande que é fácil se perder. Todas as salas acessíveis estavam abertas e não tinha ninguém para nos regular, então rolava um quê de Indiana Jones feelings e o “templo abandonado nas montanhas”. Só há luz natural, inúmeros cômodos e detalhes intrincados, além de um labirinto de corredores e escadas e uma vista de tirar o fôlego. Este é, sem dúvidas, o melhor forte já visitado até hoje, dentre todos os destinos!
11:30 – Note: Brownie break!! Yummy...
11:45 – Comprei um elefante.
Um de madeira – pretensamente de sândalo, pelo menos cheira a sândalo – de presente. Ele custava US$20 e óbvio que eu não iria comprar, mas lá veio um tout que decidiu seguir a gente montanha abaixo e cada lance de escadas via o preço cair e a gente no “no thanks”. Acabou que eu contei as moedas e ofereci o que eu tinha no bolso: 170 rúpias (menos de US$3). Ele aceitou! Presente para a vovó garantido – ela é fã de elefantes!
Paramos para espiar o Jal Mahal isolado no meio de um lago cheio de peixinhos e seguimos de lá para o Nahargarh Fort, com uma vista muito boa da cidade de Jaipur e onde tivemos contato com trabalhadores que cuidam da reforma, restaurando o forte da mesma maneira que faziam na época da construção: andaimes de bambu, terracota na cabeça e pedras nos ombros. Vale a visita se estiver de carro. Outro forte no caminho é o Jagar, mas é mais bonito por fora, não vale muito a visita. Seguimos para outra lojinha de seda para as meninas fuçarem e de lá para o aeroporto.
16:42hs – No saguão. A galera embarcou de GoAir e eu sigo 40min depois de IndiGo, nos encontraremos no saguão de malas... hopefully, desta vez!
16:43hs – Achei uma loja que vende salgadinhos de tudo, no pacote... tipo só salgadinhos... tipo loja de camisetas com vitrine... mas salgadinhos. Eita, não comprei presentes ainda... Note: Decobri porque as pessoas acham meu nome engraçado quando eu me apresento. “Gui” significa manteiga. LOL

Hello Mumbai, party time!
Dia 7 – Mumbai Nuptials!
Mumbai acabou mostrando um lado da Índia mais moderno e nós tivemos a oportunidade única de vivenciar uma experiência incrível: um casamento de 3 dias que causaria inveja a Bollywood!
O casamento que foi fantástico! Os três dias começaram com uma baladinha com mega fish bowls de bebida, seguiram com pinturas de henna, danças, prova de saris e uma cerimônia final gigantesca com algo que parecia uma feira de 'comidas do mundo'. Infelizmente, eu acabei não fazendo muitos passeios pela cidade porque eu decidi o que, o quê? Fazer o (Gui) local. Então eu comecei a comer o que todos da família comiam e tudo que me ofereciam sem nem saber o que era. Eles acharam o máximo, eu também... não durei um dia. Rindo para não chorar. Shiva me achou aqui em Mumbai e shhh-pah! Food poisoning, infecção alimentar.
Dia 8.5/9 – Curryando
Passei o último dia bem mal no hotel... que nem era o meu. Acabei ganhando uma carona deles, super fofos, para o aeroporto de madrugada. O café da manhã cheirava curry, o almoço também, eu cheirava curry, minha barriga estava traumatizada. Conexão em AbuDhabi com 4 horas de atraso para ajudar e eu voltando para Londres com a Caxemira em conflito na minha barriga, uns 2kg a menos, bronze de caminhoneiro - aquele sexy com mangas de camiseta, mas também com muitas memórias loucas, muitas fotos e muita história legal para contar desta viagem fascinante com novos e velhos amigos incríveis! Shiva em reconstrução! :-)"
É meio engraçado ver como a cabeça da gente muda nestes mais de 3 anos e como a gente faria coisas diferentes hoje. Quem diria que aquelas fotos bacanas no Facebook saíram de uma série de aventuras, desventuras e trapalheiras assim hahaha! São estas coisas que fazem as viagens mais emocionantes! Comece a registrar as suas! Keep Travelling!
#Índia #Ásia #Mochilão #Amigos #Viagem #Budget #Exótico #Inspirese #Recente