Diário de Bordo - Austrália
Viver do outro lado do planeta propicia oportunidades encantadoras e pode dar algumas dores de cabeça maiores do que as esperadas também. Eu decidi, então, criar um Diário de Bordo contando um pouco das minhas experiências e impressões por aqui e este post marca meu primeiro mês aqui em Sydney!
Sendo um texto mais pessoal, ele exibe informações úteis, mas foca mais nas minhas referências pessoais e no que eu já consegui perceber sobre a vida “down under”. Fiquem à vontade para comentar e acrescentar informações lá nos comentários ou no Fale com o Gui!
Dirário de Bordo: Parte 1 – Chegada!
Saindo do Brasil, a viagem é longa, bem longa, até Sydney. Contando que você viaja contra o relógio, você ainda perde um dia no final das contas, o que causa um sério caso de jetlag. A cidade é o hub aeroportuário do país e é o ponto de entrada da maioria dos brasileiros que voam via Chile/Nova Zelândia. Eu tive uma dica quente antes de vir e vale compartilhar com vocês: marquem assentos no final do avião. Além de ser uma zona mais tranquila, fica próxima à cozinha, onde as companhias aéreas disponibilizam lanchinhos, doces e água durante todo o percurso, principalmente durante a noite – quando o serviço de bordo está suspenso. Algumas ainda oferecem meias, vendas e kits de viagem, entre outras coisas. Como o vôo é longo, eu recomendo evitar bebidas gasosas e beber muita água já que a umidade dentro da cabine é bem baixa.

A Austrália tem um grande controle sobre tudo o que entra no país de origem orgânica. Então NÃO traga em nenhuma bagagem: frutas, carne e derivados, leite e derivados, sementes (mesmo que decorativas como colares e brincos) e artigos de madeira. Estes itens são severamente inspecionados e podem gerar uma multa elevada, então coma ou deixe no avião aquela maçã que você trouxe na viagem! Entre o desembarque e a saída do aeroporto, calcule até 1 hora, dependendo do movimento. São como fases em que você vai passando: você desce do avião e segue para a Imigração – onde você mostra o passaporte e justifica sua entrada no país – fique atento para ver se você não recebe o temido carimbo de “No Further Stay”, que te impede de renovar o visto; De lá você segue para as esteiras de bagagem, onde funcionários da imigração caminham pelo saguão e podem te fazer perguntas, então evite fazer bagunça. Em seguida, surge a maior diferença do aeroporto de Sydney: você é direcionado para filas de acordo com a origem do seu vôo ou o que você declarou trazer. Você pode passar por mesas de inspeção, cachorros farejadores, raio x, etc. Passou todas as fases? - 10 points to Gryffindor! (piada) você segue para um saguão modesto e um pouco caótico que já dá para fora do aeroporto.
A maneira mais conveniente de sair do aeroporto é de trem. Sydney não tem metrô e os shuttles que saem sentido centro podem ser uma opção custosa. Independente da estação de destino, sair do aeroporto tem o ticket mais caro da cidade, com uma taxa adicional de AUD13,40 sobre qualquer tarifa. A forma mais econômica é solicitar seu OPAL (bilhete de transporte), que é gratuito, e carregá-lo com alguns dólares. O ticket de papel está disponível nas máquinas mas sai mais caro. Como no Brasil, aqui você também paga por cada viagem, mas os valores variam de acordo com a distância percorrida e do horário, sendo que fora do horário de pico a tarifa tem 30% de desconto. Em média, dentro de um raio de 20km do centro, você gastará entre AUS2,36 a AUD4,20, por viagem. Há também descontos para idosos e estudantes cadastrados.
CBD
O CBD (Central Business District) é o centro econômico e coração da cidade . O de Sydney dispõe, além dos escitórios e arranha-céus, das maiores atrações turísticas como a Opera House, a Baía e a Harbour Bridge. Nesta mesma região, localizam-se também o aquário, museus, shoppings, parques e teatros.

Morar na CBD, todavia, é um sonho um pouco distante considerando os preços praticados, então a ela fica reservado, principalmente, o movimento como destino de trabalho e turístico. No próximo post a gente vai saber mais sobre Moradia, Emprego e Vistos por aqui!
Primeiras Impressões
As minhas primeiras impressões da cidade são um misto de modernidades e tradicionalismos. Há arranha-céus e pequenos pubs em casas do século XIX dividindo a mesma calçada de um lado da rua, enquanto na outra há uma escada rolante para um shopping center escondido dentro de um prédio.
Há diversas áreas em que se é proibido beber álcool, como praias e parques, assim como fumar, então fiquem atentos. Dentro da CBD também há a possibilidade de um pedestre ser autuado por atravessar fora da faixa ou com o sinal vermelho. As pessoas se vestem um pouco mais relaxadas que na Europa e com menos maquiagem, sendo comum ver gente andando descalça pelo comércio e pelas ruas. Aliás, as ruas e meios de transporte são consideravelmente limpos e organizados. Há diversos bairros sem estações de trem. Neles o fluxo de ônibus tende a compensar a falta de malha ferroviária, que conta, por sua vez, com vagões climatizados e muitos de dois andares. A velocidade das composições, todavia, é bem menor do que um metrô.

A praia mais próxima do centro é Bondi Beach, um dos pontos mais lotados do litoral urbano durante o verão e destino de final de semana dos sydneysiders. Praias menores sentido sul como Maroubra ou as praias do litoral norte da baía (acesso também por ferry) podem ser opções menos babélicas. Lembre-se que o sol por aqui é muito forte e que a camada de ozônio tem uma falha bem próxima, então bezunte-se de protetor solar sempre e busque abrigo nos parques arborizados, comuns próximos às praias. Outra coisa comum por aqui são tubarões, mas há praias com redes de proteção nestes casos.
Outra coisa que chama atenção é como a população é diversa. Há comunidades enormes e influentes de diversos países asiáticos, além de estudantes, mochileiros e imigrantes que elegeram a Austrália como casa.
Hoje, eu sou um deles e sempre que algo me chamar atenção por aqui, eu pretendo dividir com vocês aí do outro lado da tela!
Keep travelling! A vida é hoje!!!
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